Instituto João Simões Lopes Neto recebe o responsável por um dos maiores sucesso do mercado editorial brasileiro.
No dia 17 de novembro, às 19h, o Instituto João Simões Lopes Neto receberá o autor Laurentino Gomes. Paranaense de Maringá, Laurentino Gomes, é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná, com pós-graduação em Administração pela Universidade de São Paulo e cursos na Inglaterra e nos Estados Unidos. Em trinta anos de carreira como jornalista, trabalhou como repórter e editor para alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, incluindo o jornal O Estado de S. Paulo e a revista Veja. Também foi diretor-superintendente da Editora Abril, cargo que deixou recentemente para se dedicar totalmente aos livros de História. É ganhador de 2 prêmios Esso e 5 prêmios Abril de Jornalismo. Com o livro 1808 conquistou a premiação da Academia Brasileira de Letras como melhor Ensaio, Crítica e História Literária de 2008. Os mais recentes são 2 prêmios Jabuti na categoria Livro de Reportagem e como Melhor Livro Não Ficção do Ano.
"1808" está 14 meses na lista dos mais vendidos
Em sua 12ª edição impressa, o best-seller acaba de ganhar o prêmio Jabuti de Melhor Livro Não Ficção do Ano.
Desde o seu lançamento há 14 meses, em setembro de 2007, "1808" como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil, do escritor e jornalista Laurentino Gomes, mantêm-se entre os mais vendidos do país, com mais de 400 mil exemplares só no Brasil. A obra conquistou o Prêmio Academia Brasileira de Letras, na categoria Ensaio, Crítica e História Literária e o prêmio Jabuti de Literatura, na categoria melhor livro de reportagem.
O sucesso se estendeu ao lançamento em Portugal, que aconteceu na primeira semana de fevereiro pelo selo Livros D'Hoje, braço da Editora Dom Quixote para livros de História contemporânea, com a primeira edição esgotada, sendo impressa a nona edição em menos de três meses. Além disso, por recomendação de historiadores portugueses que leram e avaliaram a obra, a partir de fevereiro 1808 passa a apresentar na capa, tanto no Brasil quanto em Portugal, o selo oficial das comemorações do bicentenário da mudança da corte portuguesa para o Rio de Janeiro. O selo é conferido por uma comissão especial formado por representantes dos dois países e que leva em conta a seriedade e a relevância das obras para a compreensão do tema.
Obra multimídia
"1808" está com três versões de caráter educacional e interativo. A primeira é o site de internet http://www.laurentinogomes.com.br/. que foi ao ar em fevereiro desde ano. Destinado a ajudar estudantes, professores e pesquisadores a se aprofundar mais no assunto, o site traz, entre outras novidades, um resumo do livro, um mapa interativo da viagem da corte ao Brasil em 1808, um slide-show com as iconografias publicadas no livro e uma seção de bibliografia com obras selecionadas e comentadas pelo escritor. Pelo site, o leitores também podem enviar mensagens, sugestões e comentários sobre a obra para o autor.
A segunda é o livro juvenil ilustrada do"1808" lançada no último mês de maio. Destinada a estudantes do final do primeiro grau, na faixa etária entre onze e quinze anos, a obra resume numa linguagem mais acessível ao público adolescente a história da corte portuguesa no Brasil. É ilustrada com aquarelas da artista plástica gaúcha Rita Bromberg Brugger. Gaúcha de Porto Alegre, nascida em 1928, Rita mora na cidade de Caxias do Sul e produz suas ilustrações com base em rigorosa pesquisa iconográfica e histórica. Foram vendidos mais de 30 mil exemplares até o momento.
Além do site e da versão juvenil, "1808" está também nas livrarias em formato de CD e MP3 desde junho. Com duração de 9h42m, o áudio-livro traz o conteúdo integral da obra original, narrada por um locutor profissional e editada com músicas da época. Produzida pela Audio-Livro Editora, a obra destina-se principalmente aos deficientes visuais e pessoais que enfrentam horas de congestionamento nas grandes cidades brasileiras.
História
Resultado de uma pesquisa de dez anos, "1808" relata, em tom jornalístico e linguagem acessível, as razões e as conseqüências da fuga da família real portuguesa para o Brasil em 1807 e 1808. "É um livro que se lê com um sorriso nos lábios", definiu a historiadora Mary Del Priore em resenha publicada na revista Veja. "Uma narrativa abrangente e sensível da história brasileira entre os anos de 1808 e 1821", afirmou o também historiador Elias Thomé Saliba em artigo para o caderno Cultura do jornal O Estado de S. Paulo como "O autor traça perspectiva ampla do período, sem 'rebuscada linguagem acadêmica' nem deboche ou caricatura". declara Jean Marcel França, professor de história na Universidade Estadual Paulista, em resenha na Folha de S. Paulo.
O livro é dividido em 29 capítulos, além de seções de notas e bibliografia, com um total de 408 páginas. Dois cadernos-cor reproduzem 36 ilustrações de cronistas e pintores renovados da época, como Goya, Debret, Rugendas, Henderson e Chamberlain. Inclui ainda um mapa da viagem de D. João e uma "linha do tempo" mostrando os principais acontecimentos no Brasil e no mundo entre a Revolução Francesa e a Independência brasileira.
Curiosidades sobre a escala de D. João em Salvador
Com 1808, um dos episódios mais misteriosos da História brasileira também acaba de ganhar uma nova interpretação. É a escala que a corte portuguesa fez em Salvador duzentos anos atrás, a caminho do Rio de Janeiro, enquanto fugia dos exércitos de Napoleão Bonaparte na Europa. A obra mostra pela primeira vez que a chegada do príncipe regente D. João e sua corte na Bahia em 1808 não aconteceu por acaso. Era parte de um plano estratégico, muito bem premeditado e até hoje ignorado pelos livros de História.
"Ao contrário do que diziam até hoje os livros de História, os comandantes dos navios não estavam perdidos em alto mar. Seus diários de bordo mostram que D. João decidiu ir à Bahia de forma deliberada e não forçado por um acidente meteorológico", informa o autor. O motivo? "D. João precisava do apoio dos baianos e uma escala em Salvador era uma decisão inteligente do ponto de visto político. Foi uma forma de assegurar a fidelidade dos baianos e das províncias do norte e do nordeste num momento de grande dificuldade para a corte portuguesa."
Objetivos do livro
O livro tem dois objetivos principais, segundo seu autor. "O primeiro é resgatar a história da corte portuguesa no Brasil do relativo esquecimento a que foi confinada e tentar devolver seus protagonistas à dimensão mais correta possível dos papéis que desempenharam duzentos anos atrás." Nos livros, filmes e outras obras que inspiraram, D. João VI, Carlota Joaquina e outros protagonistas desta história costumam ser retratados de forma caricata. O livro de Laurentino Gomes mostra que os personagens do Brasil de 1808 eram, de fato, caricatos, mas sua importância história não se resume a isso. "Coube a eles transformarem o Brasil, de uma colônia atrasada e ignorante num país independente", complementa.
O segundo, de acordo com Laurentino Gomes, é tornar esse pedaço da história brasileira mais acessível para leitores interessados nos acontecimentos do passado mas que não estão dispostos a decifrar a linguagem rebuscada dos livros acadêmicos. O livro também mostra que, ao mesmo tempo que a chegada da Corte Portuguesa trouxe novidades importantes para o Brasil, como a abertura dos portos e a criação do Banco do Brasil, também ajudou a consolidar alguns dos problemas brasileiros que julgamos tão atuais, como corrupção, clientelismo, ineficiência na administração pública e desigualdade social.
Na opinião do autor, se D. João e a família real não tivesse fugido de Portugal para o Rio de Janeiro, o Brasil não existiria como é hoje. "Provavelmente teria se pulverizado em pequenas repúblicas, como aconteceu com a América espanhola", explica Gomes. "Em lugar de uma nação de dimensões continentais, seríamos hoje uma constelação de países irrelevantes na América do Sul, cuja liderança caberia à Argentina. D. João, portanto, criou o Brasil independente e gigante que temos hoje, com todas as suas virtudes e defeitos."
(divulgação)
No dia 17 de novembro, às 19h, o Instituto João Simões Lopes Neto receberá o autor Laurentino Gomes. Paranaense de Maringá, Laurentino Gomes, é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná, com pós-graduação em Administração pela Universidade de São Paulo e cursos na Inglaterra e nos Estados Unidos. Em trinta anos de carreira como jornalista, trabalhou como repórter e editor para alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, incluindo o jornal O Estado de S. Paulo e a revista Veja. Também foi diretor-superintendente da Editora Abril, cargo que deixou recentemente para se dedicar totalmente aos livros de História. É ganhador de 2 prêmios Esso e 5 prêmios Abril de Jornalismo. Com o livro 1808 conquistou a premiação da Academia Brasileira de Letras como melhor Ensaio, Crítica e História Literária de 2008. Os mais recentes são 2 prêmios Jabuti na categoria Livro de Reportagem e como Melhor Livro Não Ficção do Ano.
"1808" está 14 meses na lista dos mais vendidos
Em sua 12ª edição impressa, o best-seller acaba de ganhar o prêmio Jabuti de Melhor Livro Não Ficção do Ano.
Desde o seu lançamento há 14 meses, em setembro de 2007, "1808" como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil, do escritor e jornalista Laurentino Gomes, mantêm-se entre os mais vendidos do país, com mais de 400 mil exemplares só no Brasil. A obra conquistou o Prêmio Academia Brasileira de Letras, na categoria Ensaio, Crítica e História Literária e o prêmio Jabuti de Literatura, na categoria melhor livro de reportagem.
O sucesso se estendeu ao lançamento em Portugal, que aconteceu na primeira semana de fevereiro pelo selo Livros D'Hoje, braço da Editora Dom Quixote para livros de História contemporânea, com a primeira edição esgotada, sendo impressa a nona edição em menos de três meses. Além disso, por recomendação de historiadores portugueses que leram e avaliaram a obra, a partir de fevereiro 1808 passa a apresentar na capa, tanto no Brasil quanto em Portugal, o selo oficial das comemorações do bicentenário da mudança da corte portuguesa para o Rio de Janeiro. O selo é conferido por uma comissão especial formado por representantes dos dois países e que leva em conta a seriedade e a relevância das obras para a compreensão do tema.
Obra multimídia
"1808" está com três versões de caráter educacional e interativo. A primeira é o site de internet http://www.laurentinogomes.com.br/. que foi ao ar em fevereiro desde ano. Destinado a ajudar estudantes, professores e pesquisadores a se aprofundar mais no assunto, o site traz, entre outras novidades, um resumo do livro, um mapa interativo da viagem da corte ao Brasil em 1808, um slide-show com as iconografias publicadas no livro e uma seção de bibliografia com obras selecionadas e comentadas pelo escritor. Pelo site, o leitores também podem enviar mensagens, sugestões e comentários sobre a obra para o autor.
A segunda é o livro juvenil ilustrada do"1808" lançada no último mês de maio. Destinada a estudantes do final do primeiro grau, na faixa etária entre onze e quinze anos, a obra resume numa linguagem mais acessível ao público adolescente a história da corte portuguesa no Brasil. É ilustrada com aquarelas da artista plástica gaúcha Rita Bromberg Brugger. Gaúcha de Porto Alegre, nascida em 1928, Rita mora na cidade de Caxias do Sul e produz suas ilustrações com base em rigorosa pesquisa iconográfica e histórica. Foram vendidos mais de 30 mil exemplares até o momento.
Além do site e da versão juvenil, "1808" está também nas livrarias em formato de CD e MP3 desde junho. Com duração de 9h42m, o áudio-livro traz o conteúdo integral da obra original, narrada por um locutor profissional e editada com músicas da época. Produzida pela Audio-Livro Editora, a obra destina-se principalmente aos deficientes visuais e pessoais que enfrentam horas de congestionamento nas grandes cidades brasileiras.
História
Resultado de uma pesquisa de dez anos, "1808" relata, em tom jornalístico e linguagem acessível, as razões e as conseqüências da fuga da família real portuguesa para o Brasil em 1807 e 1808. "É um livro que se lê com um sorriso nos lábios", definiu a historiadora Mary Del Priore em resenha publicada na revista Veja. "Uma narrativa abrangente e sensível da história brasileira entre os anos de 1808 e 1821", afirmou o também historiador Elias Thomé Saliba em artigo para o caderno Cultura do jornal O Estado de S. Paulo como "O autor traça perspectiva ampla do período, sem 'rebuscada linguagem acadêmica' nem deboche ou caricatura". declara Jean Marcel França, professor de história na Universidade Estadual Paulista, em resenha na Folha de S. Paulo.
O livro é dividido em 29 capítulos, além de seções de notas e bibliografia, com um total de 408 páginas. Dois cadernos-cor reproduzem 36 ilustrações de cronistas e pintores renovados da época, como Goya, Debret, Rugendas, Henderson e Chamberlain. Inclui ainda um mapa da viagem de D. João e uma "linha do tempo" mostrando os principais acontecimentos no Brasil e no mundo entre a Revolução Francesa e a Independência brasileira.
Curiosidades sobre a escala de D. João em Salvador
Com 1808, um dos episódios mais misteriosos da História brasileira também acaba de ganhar uma nova interpretação. É a escala que a corte portuguesa fez em Salvador duzentos anos atrás, a caminho do Rio de Janeiro, enquanto fugia dos exércitos de Napoleão Bonaparte na Europa. A obra mostra pela primeira vez que a chegada do príncipe regente D. João e sua corte na Bahia em 1808 não aconteceu por acaso. Era parte de um plano estratégico, muito bem premeditado e até hoje ignorado pelos livros de História.
"Ao contrário do que diziam até hoje os livros de História, os comandantes dos navios não estavam perdidos em alto mar. Seus diários de bordo mostram que D. João decidiu ir à Bahia de forma deliberada e não forçado por um acidente meteorológico", informa o autor. O motivo? "D. João precisava do apoio dos baianos e uma escala em Salvador era uma decisão inteligente do ponto de visto político. Foi uma forma de assegurar a fidelidade dos baianos e das províncias do norte e do nordeste num momento de grande dificuldade para a corte portuguesa."
Objetivos do livro
O livro tem dois objetivos principais, segundo seu autor. "O primeiro é resgatar a história da corte portuguesa no Brasil do relativo esquecimento a que foi confinada e tentar devolver seus protagonistas à dimensão mais correta possível dos papéis que desempenharam duzentos anos atrás." Nos livros, filmes e outras obras que inspiraram, D. João VI, Carlota Joaquina e outros protagonistas desta história costumam ser retratados de forma caricata. O livro de Laurentino Gomes mostra que os personagens do Brasil de 1808 eram, de fato, caricatos, mas sua importância história não se resume a isso. "Coube a eles transformarem o Brasil, de uma colônia atrasada e ignorante num país independente", complementa.
O segundo, de acordo com Laurentino Gomes, é tornar esse pedaço da história brasileira mais acessível para leitores interessados nos acontecimentos do passado mas que não estão dispostos a decifrar a linguagem rebuscada dos livros acadêmicos. O livro também mostra que, ao mesmo tempo que a chegada da Corte Portuguesa trouxe novidades importantes para o Brasil, como a abertura dos portos e a criação do Banco do Brasil, também ajudou a consolidar alguns dos problemas brasileiros que julgamos tão atuais, como corrupção, clientelismo, ineficiência na administração pública e desigualdade social.
Na opinião do autor, se D. João e a família real não tivesse fugido de Portugal para o Rio de Janeiro, o Brasil não existiria como é hoje. "Provavelmente teria se pulverizado em pequenas repúblicas, como aconteceu com a América espanhola", explica Gomes. "Em lugar de uma nação de dimensões continentais, seríamos hoje uma constelação de países irrelevantes na América do Sul, cuja liderança caberia à Argentina. D. João, portanto, criou o Brasil independente e gigante que temos hoje, com todas as suas virtudes e defeitos."
(divulgação)
Um comentário:
Oi Rejane,
demorou, mas fui ao blog para conferir tuas fotos que tanto me encantaram. espero que continues com a mão (e o olho) bom para tantas paisagens que nos passam despercebidas e no entanto trazem tanta beleza quanto captadas pelo observador mais atento.
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